quinta-feira, 17 de julho de 2014

Crítica: Tranformers a era da extinção

Michael Bay vomitou em mim! Essa era minha sensação ao final de "Tranformers: a era da extinção".

Adoro o primeiro Bad Boys, A Rocha é um excelente filme de ação e até me diverti com Sem suor sem ganho. Gosto muito do primeiro Transformers e acho o segundo um entretenimento passável. O terceiro...bom, ai entramos no terreno da tragédia. Até umas poucas semanas um dos piores filmes que assisti na vida.

O quarto Transformers não um filme de diversão descerebrado como já escutei por aí. É um filme que parece ter sido feito literalmente para destruir o seu  cérebro. Tudo no filme, desde os efeitos especiais até o som parecem ter sido pensados para sobrecarregar os sentidos do espectador. O resultado é um verdadeiro massacre e um dos piores (senão o pior) filme que já assisti na minha vida.

Se alguém ainda não sabe, essa desgraça que me nego a chamar de arte foi idealizada como o primeiro de uma nova trilogia (e Deus me proteja de sequer imaginar que haverão mais dois...) e começa com os Autobots renegados pela humanidade após os eventos do ultimo filme. Cansada de ter a Terra como campo de batalha de duas facções  de alienigenas que se comportam com o gangues de adolescentes, as autoridades (entenda-se como os EUA) resolvem tornar todos os robôs persona non grata.

Somos introduzidos então ao novo núcleo de humanos, encabeçado por Mark Walbergh e por outros dois atores e personagens tão insignificantes que nem vale a pena mencionar. A menina que faz a filha do seu personagem poderia ser substituída por uma vassoura que o filme não conseguiria ficar pior. Alias,todos o os personagens humanos poderiam apagados digitalmente e filme não pioraria. Walbergh é um bom ator e gosto muito dele, mas claramente ele foi escalado devido a amizade que desenvolveu com o diretor em "Sem dor, sem ganho". Simplesmente não dá para engolir seu tipo atlético e musculoso fazendo uma especíe de professor pardal do Texas.

Como todo o objetivo do filme é vender uma nova linha de bonecos, somos apresentados a novos autobots. Todos poderiam ser cortados e apagados do filme digitalmente e este com certeza ficaria melhor. O único personagem interessante afina é  Optimus Prime. Mas nem ele sobrevive ao péssimo texto de Ellen Kruger. Este por sinal por sinal deveria ser proibido de escrever até lista de supermercado.

Se tivesse uma hora de projeção a menos talvez até passasse batido ao lado outras porcarias de verão (americano). Mas é tão longo e inchado que faz "O hobitt: a ameaça de smaug" parecer um curta de youtube. E faz a auto indulgência de Peter Jackson parecer coisa de amador.

 Parece que ao se dar conta da total impossibilidade de um dia ganhar um Oscar, Bay partiu para conquistar o único troféu possível, o troféu framboesa ad eternum. Esse vai ser difícil de ser superado.

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